Oi registra lucro líquido de R$ 8 milhões no 3T14
A Oi anunciou nesta quinta-feira, 13, que registrou um lucro líquido de R$ 8 milhões no terceiro trimestre de 2014 (3T14), resultando em um lucro líquido de R$ 14 milhões no 9M14. É importante mencionar que o resultado deste trimestre não é comparável aos trimestres anteriores devido a consolidação dos resultados da PT Portugal desde maio de 2014.
No 3T14 o EBITDA consolidado alcançou R$ 3.003 milhões (-1,5% em relação ao ano anterior), enquanto o EBITDA do Brasil somou R$ 2.134 milhões e o EBITDA do negócio de telecomunicações português alcançou R$ 802 milhões.
No trimestre, a receita líquida consolidada foi de R$ 8.842 milhões, uma queda de 4,5% em relação à receita pró-forma do 3T13. A receita total das operações brasileiras caiu 5,1% em relação ao 3T13, enquanto a receita das operações portuguesas registrou queda de 4,5% no mesmo período.
No 3T14, a receita líquida das operações brasileiras (“Brasil”) somou R$ 6.738 milhões, uma queda de 5,1% e 2,8% em relação ao 3T13 e 2T14, respectivamente. Os principais fatores que levaram a uma queda na receita foram: (i) redução da receita de uso de rede, especialmente em função da redução nas tarifas reguladas de interconexão do serviço móvel (“VU-M”); (ii) a queda nas tarifas de chamadas locais e de longa distância fixomóvel (“VCs”) e longa distância origem móvel; (iii) a redução na base de clientes de telefonia fixa; e (iv) o cenário macroeconômico menos favorável. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento na receita de dados, pelo crescimento das vendas de aparelhos, e pela expansão da base de clientes dos segmentos de TV paga e mobilidade pessoal.
A receita líquida do segmento Residencial foi de R$ 2.451 milhões no 3T14, uma queda de 4,4% em relação ao 3T13. Esse desempenho é explicado principalmente pela queda na base de telefonia fixa e pela redução das tarifas de chamadas fixo-móvel (VCs), parcialmente compensadas pelo aumento na receita de banda larga e TV paga.
A Oi encerrou o 3T14 com 5.241 mil UGRs de banda larga fixa no segmento Residencial, uma redução de 1,8% na comparação com o 3T13, principalmente devido aos impactos das iniciativas de transformação do negócio, às greves dos funcionários terceirizados e aos efeitos da Copa do Mundo da FIFA explicados acima, os quais têm afetado as adições brutas nos últimos trimestres. Nesse contexto, a Companhia apresentou desconexões líquidas de 26,7 mil UGRs de banda larga fixa no 3T14. Por outro lado, em setembro de 2014, a Companhia começou a recuperar os níveis de adições brutas – uma resposta positiva aos processos de restruturação que se encontram em andamento e uma indicação da boa aceitação dos planos convergentes pelo mercado. Em setembro, a Oi registrou cerca de 1,6 mil adições líquidas.
A base de TV paga da Oi encerrou o 3T14 com 1.032 mil UGRs (+13,6% em relação ao 3T13 e +16,4% em bases sequenciais). O desempenho robusto da nova Oi TV foi baseado em sua proposta de valor diferenciada, que conta com o satélite SES-6 e conteúdo regional da Globo em alta definição a preços muito competitivos, e foi muito bem recebida pelo mercado. Esse resultado mais que compensou os impactos negativos da limpeza da base no 4T13 e a desaceleração das vendas devido ao foco na qualidade das vendas.
No segmento de Mobilidade Pessoal, a receita líquida foi de R$ 2.180 milhões no 3T14, uma diminuição de 6,4% na comparação com o 3T13. Este desempenho é explicado pela redução das tarifas de interconexão com impacto nas receitas de uso de rede e longa distância, pelo menor número de dias úteis em razão da Copa do Mundo, por um cenário macroeconômico menos favorável e por impactos pontuais relativos à implantação do RGC em julho. Esta queda foi parcialmente compensada pelo aumento da receita de dados e das vendas de aparelhos.
A base de clientes do pré-pago encerrou o 3T14 com 41.990 mil UGRs, um aumento de 3,2% em relação ao 3T13 e um crescimento de 0,5% em relação ao 2T14, com 1.314 mil adições líquidas nos últimos doze meses. Em linha com o foco da Companhia em geração de caixa e disciplina financeira, a Oi continua focada no pré-pago, em razão de suas características intrínsecas, como escala, custos baixos de aquisição de clientes, nenhum custo com emissão de fatura e cobrança, inexistência de inadimplência, e impacto favorável no capital de giro.
A Oi encerrou o 3T14 com 6.986 mil UGRs pós-pagas na Mobilidade Pessoal, um crescimento de 4,9% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior e um aumento sequencial de 2,5%, com uma participação de 14,3% da base de Mobilidade Pessoal. O crescimento do pós-pago tem sido impulsionado pelas vendas do Oi Controle que registrou um aumento anual de 11,8%, atingindo 41,9% do total da base pós-paga, um aumento de 2,6pp em relação ao 3T13, aliado à queda contínua do churn dos clientes pós-pagos, principalmente em função da melhoria da qualidade das vendas.
No 3T14, as vendas de aparelhos atingiram R$ 202 milhões (+108,0% contra 3T13). Esse desempenho foi alavancado pelo crescimento das vendas de smartphones, que atingiram 76% do total das vendas (contra 60% no 3T13). O crescimento das vendas de smartphones foi concentrado no grande varejo, com margens positivas (sem subsídio), com o objetivo de aumentar a presença da Oi no canal e por consequência alavancar as ativações de chips pré-pago.
Fonte: Investimentos e Notícias