Carro jogado contra traseira de BMW blindada, dirigida por PM, foi roubado dias antes de execução na Zona Oeste

Carro jogado contra traseira de BMW blindada, dirigida por PM, foi roubado dias antes de execução na Zona Oeste

Usado no assassinato do empresário e PM reformado Marcos Antônio Cortinas Lopes, de 58 anos, o Cobalt jogado contra a traseira da BMW X 6 blindada dirigida pelo militar, foi roubado dias antes da vítima ser executada, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A informação consta no inquérito instaurado pela Delegacia de Homicídios da Capital(DHC), que apura a autoria da morte da vítima.

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A colisão com o veículo de luxo, que tem valor de mercado superior a R$ 700 mil, foi utilizada pelos bandidos para forçar o PM a desembarcar do automóvel. Cortinas foi fuzilado com cinco tiros, no dia 17 de fevereiro de 2025, justamente após descer do veículo para verificar o que tinha acontecido com a BMW. Os autores dos disparos seriam os dois homens que estavam no Cobalt, abandonado pelos bandidos no local do assassinato. Os assassinos fugiram na garupa de duas motocicletas, usadas para dar cobertura aos executores. O crime aconteceu na Avenida das Américas, uma das vias mais movimentadas da Barra da Tijuca.

Uma perícia feita no Cobalt também revelou que o carro, além de ter sido roubado, ostentava ainda placas clonadas. Execução é a principal linha de investigação seguida pela polícia, que não deu detalhes da provável motivação do homicídio.

O PM morto já havia sido preso, em 2020, por crime de receptação. Na ocasião, ele seria sócio de uma empresa de telecomunicações, que fornecia sinais de internet e de TV a cabo, na Zona Oeste. Em um depósito da empresa, policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (Draco-IE) encontraram equipamentos desviados de setores de telefonia. Por conta disto, Marcos Antônio chegou a ser condenado a uma pena de três anos e sete meses de prisão. Em agosto de 2024, a Justiça concedeu um habeas corpus, tornando nula uma decisão de pena privativa de liberdade. A partir daí, Lopes ganhou progressão para o regime aberto, estabelecendo a prisão albergue domiciliar.

No dia em que o crime ocorreu, o advogado William Araújo Silva, responsável por defender os interesses da família da vítima, negou que o militar reformado tivesse qualquer tipo de ligação com grupos milicianos.

— Meu cliente (Marcos Antônio Cortinas Lopes) não integra ou jamais integrou qualquer tipo de milícia— disse.

Em 2002, quando estava lotado no 14º BPM (Bangu) e era soldado, Lopes foi homenageado com uma moção de congratulações e aplausos na Assembleia Legislativa (Alerj) por participar de uma apreensão de armas na comunidade Santo André, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

redacao

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