Brasil se submete a Argentina após apagão

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O Brasil importou ontem energia da Argentina para reforçar o fornecimento de energia no horário pico, um dia depois de 11 estados brasileiros sofrerem interrupções de energia, informou nesta quarta-feira o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O Brasil solicitou 165 megawatts na terça-feira, o que corresponde a 0,22% da energia consumida no país nesse dia.

A ONS informou em um boletim que o pedido de energia foi realizado para reforçar a oferta nas regiões sudeste e centro-oeste, por causa da situação dos reservatórios, em estados mínimos devido a falta de chuvas em 2014.

Este procedimento faz parte de um acordo operacional assinado em 2006 entre Brasil e Argentina, que permite que um país possa solicitar ao outro o envio de um volume determinado de energia em “ocasiões especiais”.

A ONS detalhou no comunicado que “a troca de energia, nos dois sentidos, foi adotada em diversos momentos ao longo da vigência do acordo”.

A notícia da importação de energia da Argentina vazou um dia depois de o ministro de Minas e Energias, Eduardo Braga, dar uma entrevista coletiva para explicar os motivos que provocaram a falta de abastecimento em 11 estados brasileiros na segunda-feira.

Braga assinalou que tudo começou por uma falha em um equipamento de transmissão, negou apatia no Brasil, descartou um possível racionamento e ressaltou a “robustez” do sistema elétrico brasileiro.

A ONS explicou na segunda-feira que a redução da frequência foi desencadeada por uma falha na transferência de energia das regiões norte e nordeste para o sudeste, assim como pelo aumento da demanda no horário pico.

O problema causou uma queda na frequência elétrica e os geradores de várias centrais se desligaram automaticamente como medida de proteção, o que provocou uma redução do fornecimento de energia em um momento no qual a demanda continuava alta por causa do forte calor.

Para evitar que mais centrais se desligassem, causando um colapso do sistema, a ONS obrigou várias distribuidoras a cortar energia em vários pontos do país para reduzir a demanda e normalizar a frequência elétrica.

Fonte: EFE

redacao

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