Claro é a primeira operadora a liberar o 4G pra pré-pagos
A Claro já andava ensaiando abrir as porteiras da rede sua 4G, hoje limitada a poucos planos pós-pagos, mas hoje a operadora anunciou que a partir de abril os clientes de todos os planos — pós, pré ou controle — terão acesso à rede LTE. Segundo a Claro não haverá custo adicional para usar a rede de quarta geração. Como há uma semana os planos pré-pagos foram reajustados e não existe mais cobrança adicional para acesso à rede HSPA+, faz sentido.
Algumas operadoras permitem o uso de planos pré-pago na rede 4G, mas sempre de forma não oficial. Com exceção da Claro e da Nextel (que ironicamente ainda não tem rede 4G) é necessário trocar o SIM Card para conseguir acesso à rede LTE, então as lojas se recusam a fornecer chips 4G para clientes pré. Em algumas operadoras quando o cliente consegue, o acesso à rede é liberado. Mas em algumas – caso da Claro atualmente, aliás – a entrada na rede é liberada ou não de acordo com o plano que você assina.
Infelizmente a operadora não anunciou qual seria a velocidade máxima dos planos pré-pagos, apenas que “varia de acordo com a franquia contratada”. Atualmente, a velocidade máxima dos planos 3GMax (leia-se HSPA+) para pré-pago é de 1 Mb/s… Considerando que o mínimo garantido em contrato para o pós-pago é de 5 Mb/s, consigo imaginar que seja esse o limite para os clientes pré.
Mas minha grande dúvida é se com toda a base de clientes tendo acesso à rede LTE, a Claro vai poder ostentar por muito tempo o título de “4G mais rápido do mundo”.
Sou cliente e a rede 4G é sempre ótima, mas hoje é o equivalente móvel à “Pista Premium” dos grandes shows: um lugar mais caro onde pouca gente disputa por espaço. Fica difícil prever se a qualidade continuaria a mesma com mais usuários no mesmo espectro. E, pra complicar, provavelmente a velocidade máxima do 4G pré-pago ainda seria possível no HSDPA, onde 7,2 Mb/s é possível mesmo nas implementações mais comuns. Aumentar o limite de velocidade nos planos 3G até beneficiaria mais usuários que limitar aos que possuem um aparelho compatível com a frequência LTE usada aqui.
Fonte: Meio bit
